O capitalismo é um sistema socioeconômico baseado na privatização dos meios de produção e do capital, em que possui livre iniciativa de comércio e que visa o lucro. Esse sistema originou-se com o fim do feudalismo, devido aos avanços tecnológicos, expansão comercial, urbanização, entre outros motivos. Mais precisamente, o capitalismo é dividido em três fases: comercial (do séc. XVI ao XVIII), industrial (do séc. XVIII ao XIX) e financeiro (do séc. XIX até hoje).
A fase comercial é marcada pela época das grandes navegações
— período expansionista marítimo-comercial europeu —, além da política do
mercantilismo que visava o acúmulo de riqueza com metais preciosos (metalismo)
e uma balança comercial favorável. Aliás, devido à divisão criada de metrópoles
e colônias, originou-se a formação de um pacto colonial e um comércio
triangular, por efeito da criação de uma divisão internacional do trabalho.
Em seguida, vem à fase industrial, resultado do início e
avanço da Revolução Industrial. Na qual trouxe as máquinas para os
trabalhadores operarem nas fábricas (maquinofatura), possuindo uma produção de
larga escala e em série. Esse processo também acabou levando ao êxodo rural e urbanização
do espaço europeu. Além disso, já no final desta fase, acontece o período
chamado Imperialismo, que foi uma política de expansionista adotada por grandes
potências e aplicada em áreas de subdesenvolvimento (principalmente na África e
Ásia). Onde, nessas áreas dominadas eram aplicadas excedentes do capital
industrial e também ocorria a busca por meios de produções mais baratos e novos
mercados consumidores. A corrida imperialista resultou desde a formação de multinacionais
a um dos motivos que levariam a Primeira Guerra Mundial.
Por fim, a terceira e atual fase do capitalismo, o financeiro,
tem um início mais perceptível no período pós Segunda Guerra Mundial. Na qual é
caracterizado pela fusão da indústria com os grandes bancos, assumindo um papel
dominante na economia global. Além disso, durante a fase ocorreu à criação das
bolsas de valores e também houve um fortalecimento das multinacionais, que foi
consequência da corrida imperialista. Então, com as grandes indústrias passando
a operar em países subdesenvolvidos, logo, passaram a aproveitar de suas
vantagens comparativas (competitivas), como a mão de obra abundante e barata, isenção
ou redução de impostos, a pouca rigidez de movimentos sindicais e legislação
ambiental, entre outros. Portanto, com um menor custo, acabou gerando uma maior
margem de lucro.
Apesar de ao longo da história o sistema capitalista sofrer
confrontos de sistemas opostos, como o socialismo, o regime ainda segue como predominância
nos demais países do globo.
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Autor: Fabrício Silva
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